terça-feira, 9 de março de 2010

Etanol Celulósico

O etanol é a jabuticaba dos combustíveis: uma solução tipicamente brasileira que está ganhando o mundo. Além de seu uso em diversos setores industriais, o etanol (ou simplesmente “álcool” como estamos acostumados) é um combustível de alto desempenho para aplicação em motores de combustão interna. Pode ser adicionado em qualquer proporção à gasolina sem que seja necessário modificar substancialmente o motor. De fato, o etanol misturado à gasolina age como um antidetonante permitindo o aumento da taxa de compressão e resultando em um aumento da eficiência energética com diminuição da emissão de poluentes. O grande sucesso dos motores flex no Brasil é exemplo eloqüente da introdução de um biocombustível como fonte primaria de energia, viável tanto do ponto vista técnico quanto econômico. Também é bastante significativo tratar-se de uma fonte renovável com um dos menores índices de emissão de CO2 fóssil: em nosso país a produção de 9,3 Joules de etanol de cana de açúcar requer aproximadamente um Joule de gasolina ou óleo diesel. Comparação semelhante pode ser feita com o etanol produzido a partir do trigo e da beterraba, cuja relação é de 2,0 unidades de energia renovável ao custo de uma unidade de energia fóssil. Porém, em países onde as condições de cultivo são menos favoráveis, esta relação pode chegar a valores próximos de 1:1, como é o caso nos EUA onde um Joule de insumos fósseis produz apenas 1,4 Joules de etanol de milho que deve ainda contar com fortes subsídios para sua sustentação econômica. Esta constatação levou a uma série de questionamentos que colocam em dúvida a viabilidade do etanol como substituto universal da gasolina e óleo diesel para uso veicular.


Clique aqui para baixar a íntegra do artigo da SIAM Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário